domingo, 23 de outubro de 2011

2º Encontro SCUB-COTA no País Vasco

Queridos amigos,

A brincar, aqui vai o relato dos factos, para mais tarde recordar.

ACTA Nº 2

Aos 2, 3 e 4 de Setembro do ano de 2011 na "Casa do Gerês" teve lugar o segundo encontro dos SCUB-COTAS, tendo estado presentes os seguintes associados e cúmplices:

- Fernando Vasco, Ana Vasco, Jorge Rodrigues, Naiete Rodrigues, Osvaldo Castanheira, Eunice Castanheira, Guilherme Castanheira, Benjamim Castanheira, José Lacerda, Maria Adelaide Lacerda, Ana Maria Figueiredo Pim.

Os sócios que faltaram, estão perdoados.

Prelúdio (para criar ambiente):

A majestade da Serra do Gerês é indescritível. O local desta magna reunião é uma pérola que nos foi permitido tocar e que inspirou o clima de grande camaradagem que caracterizou estes dias de convívio.

A casa que nos recebeu fica num local magnífico, cujas coordenadas vou dar a conhecer para futuras visitas:

- Chegando à Serra do Gerês, descer, subir, voltar a descer, voltar a subir...curva à direita, curva à esquerda...curva apertada à direita, voltar logo à esquerda, ir por ali abaixo e...é ali! Se conseguir sair de lá e quiser voltar, não esquecer de levar tremoços - saindo, deixe cair as cascas pelo menos durante o primeiro quilómetro.

Os nossos queridos anfitriões conseguiram conduzir-nos com êxito a este prodigioso esconderijo, porque ainda conservam uma memória fresquíssima.

Desactemos então esta acta, descrevendo os factos:

Sexta-feira, 2 de Setembro de 2011

Na noite deste dia, por volta das 22.20h, encontraram-se no Café da Ponte os primeiros cotas - o Zé, a Maria Adelaide, o Fernando, a Guixa e a Pim. Dali, partimos à descoberta da mansão. Com estupefacção, verificámos ao chegar, que a casa estava habitada por horripilantes criaturas multipernais que, o Fernando, com a sua habitual diplomacia, tratou de correr dali p'ra fora a golpe de vassoura. Este exercício foi acompanhado por alguns saltinhos e gritinhos da Pim; os que não tiveram medo, assistiram... de longe. Acomodámo-nos, tomámos um chazinho e fomos descansar da jornada.

Durante a noite, A Pim diz que ouviu um barulho estranho - toc,toc! toc,toc! toc,toc...!? Não sabemos o que era. Ela chegou a suspeitar de um esquilo, mas esta explicação não teve muita saída. Um estudo recente da National Geographic a que tive acesso, sobre a actividade nocturna dos esquilos, identificou alguns sons produzidos por estes animais - tic,tic! tuc,tuc! tec,tec! tac,tac! - mas nunca, toc,toc!

Sábado, 3 de Setembro de 2011

Na manhã seguinte, depois do pequeno almoço, o Fernando, a Guixa e a Pim prepararam com arte e esmero umas sandes para pic-nicarmos na serra. Às 9.45h chegaram a Eunice, o Osvaldo, o Gui e o Ben.

A primeira paragem do nosso passeio foi em S. Bento da Porta Aberta. Aì, tivemos a oportunidade de visitar a nova igreja do santuário, de cuja observação resultaram alguns comentários sobre os misteriosos caminhos da imaginação e da criatividade; e, quando reflectíamos os arbítrios da arquitectura monumental, eis que, como que chamados por uma força invisível à difícil tarefa do esclarecimento da razão, chegaram a Naiete e o Jorge. Eram 11,50h.

Cabe aqui fazer uma observação pertinente:

- Uma regra de ouro dos estatutos desta emérita associação foi indecentemente infringida. O Osvaldo disse que chegava às 10.00h e chegou às 9.45h; O Jorge jurou chegar ao meio-dia e chegou às 11,50h. Assim, não pode ser! Chegar na hora...enfim, ainda se desculpava; agora, chegar adiantado!? Proponho uma Assembleia Geral Extraordinária (Pode ser no Gerês) para decidir as sanções a aplicar e analisar a seguinte questão: Como é que se pode fazer planos para o futuro, se tudo acontece antes do tempo previsto ou se tudo acontece tal e qual como se planeou?

Nesta bonita localidade alguns compraram mel, chás e propólis (não sabem o que é? Eu também não sabia). As sandes que tinham sido preparadas para o almoço não resistiram à concorrência do "portuguese fast food" de S. Bento, que oferecia dobrada com feijão a 4 euros o prato. Todos concordaram na traição às sandes, prometendo-lhes que não se livrariam de ser comidas mais tarde, quando as voltinhas da serra nos abrissem de novo o apetite.

Depois do almoço, descemos até à marina para tomar o café. O passeio que a partir daí fizemos levou-nos a lugares lindíssimos como a Cascata do Arado e a Pedra Bela.

Na Cascata do Arado a Pim decidiu ir para debaixo da ponte, e, como comprovará a reportagem dos nossos fotógrafos, fez uma birra e não queria vir embora. Valeu o Jorge ter decidido acabar com a brincadeira e ir buscá-la por uma orelha. Estas coisas não deviam ser mencionadas, mas acta é acta, bolas! A Pedra Bela é um miradouro de eleição que, por insuficiência de adjectivação, não me arriscarei a descrever.

Depois de muitas subidas e descidas, ouvidos tapados e destapados, precipícios à direita e à esquerda, eis um parque de merendas para cumprir a promessa às sandes; com a companhia de algumas vespas residentes, fizemos finalmente o nosso pic-nic.

Na visita à vila do Gerês, pudemos apreciar o trabalho cuidadoso que foi executado na recuperação dos edifícios antigos que, há anos atrás, receámos que se perdessem devido ao estado de degradação a que tinham chegado. Nesta vila, tudo está mais bonito (e, com a nossa presença, ficou encantadora).

A Eunice comprou castanhas. Dizem, os mal intencionados, que ela terá dito para o Osvaldo: - Osvaldinho, quando chegares a casa, há castanha!

Depois deste tratamento de subidas e descidas, administrado pelo nosso querido anfitrião, chegámos a casa a modos que "arrumados". "Arrumados" mas sempre "prontos". A Guixa, sempre incansável, começou a preparar o jantarinho com a ajuda da Pim e de outros cotas.

À mesa, num ambiente acolhedor e familiar, os brindes sucederam-se. No final do jantar foi servido um Porto com 50 aninhos que os scub-cotas Eunice e Osvaldo desenterraram de uma cave dos antepassados; vá lá saber-se onde fica este tesouro!

O dia tinha sido cheio de actividade e o corpo já pedia descanso. Subimos aos quartos.

Estava eu a passar à posição horizontal quando, subitamente do quarto ao lado, a Pim gritou: Ò Barata, sabes da minha camisa de noite!? Não ouvi a resposta, mas também não quero saber. Constou que o Fernando passou a noite a explicar à Guixa que a Pim é uma intriguista, mas ela não ficou lá muito convencida.

Domingo, 4 de Setembro de 2011

No Domingo, tomamos o pequeno-almoço em casa e rumámos a Valdozende onde, uma simpática comunidade se reúne na Igreja Metodista. Ao bater do sino, às 10.00h, entrámos para assistir ao culto e comungar com aqueles irmãos. Foi um momento marcante do nosso encontro porque há muitos anos que não tínhamos a oportunidade de celebrar a Ceia do Senhor juntos.

No final, o Pastor cumprimentou todos os membros da igreja e os visitantes. A Pim disse logo ao Pastor que era da III Igreja Baptista de Lisboa, não fosse ele ter ideias de querer casar com ela ( Os Baptistas não casam com Metodistas - por uma questão de "método").

Tenho agora, infelizmente, que fazer uma denúncia: O Jorge não trouxe a bíblia que o António lhe ofereceu o ano passado no Algarve. Das quatro, uma:

1. O Jorge não gosta de receber prendas; ou

2. O Jorge gosta de receber prendas, mas tem a mania de as esconder e não as mostra a ninguém; ou

3. O Jorge não lê aquela bíblia, porque quer saber primeiro porque razão o António a ofereceu a ele e o António teima em não lhe dizer; ou

4. O António ofereceu-lhe este ano mais duas e o Jorge não conseguiu decidir qual delas havia de trazer.

Este é, talvez, um assunto para esclarecer na Assembleia Geral.

Depois do culto, descemos até ao Café da Ponte, desfrutámos o Sol e a paisagem e, um pouco mais à frente parámos para o Fernando ir comprar uns franguinhos para o almoço e as afamadas papas de sarrabulho (isto foi uma surpresa). Enquanto isso, muitos foram para o "parque infantil" - eu, fui dos que fiquei a tomar conta.

Como todos se portaram bem, regressámos a casa para almoçar e fazer os preparativos para partir.

A "Casa do Gerês" é tão acolhedora que o seu acesso parece concebido para não deixar ninguém sair. Para baixo, os carros deslizam rapidamente para abraçar aquele conforto. Para cima, teimam em escorregar como que não querendo deixar aquela hospitalidade, aquele ambiente acolhedor, aquela paisagem deslumbrante.

O Jorge, depois de sair de lá, após um diálogo acalorado com os "cavalos" do mercedes, parou na estrada e saiu apressadamente para ver se o carro ainda tinha jantes.

A despedida aconteceu na Estalagem de S. Bento. Ali bebemos um café, deslumbrados com uma das mais belas paisagens da Serra do Gerês. Fui eu o primeiro a partir, com o desejo que o ano passe depressa e que os scub-cotas se voltem a abraçar nas "Quintas do Norte" ou onde Deus quiser.

Por ser tudo verdade, ou quase tudo, aspiro a que todos os associados honrem esta acta com a sua distinta assinatura.

Notas finais:

Para que conste, a Pim forneceu 3 garrafinhas, o Jorge 2 e a Eunice e o Osvaldo aquela "pomada". Tudo aprovado pelo Conselho de enólogos presente.

Só no dia seguinte me lembrei que parti sem pagar o café na estalagem. À vítima, as minhas desculpas e a minha gratidão.

Muito importante: Estou em conversações com uma editora que se mostrou interessada em publicar em 10 volumes todas as histórias que a Naiete contou à Maria Adelaide neste fim de semana. Não há borlas; vamos ter de pagar para saber!

Saúdo todos os associados pela excelência da vossa companhia. Quero este ano dedicar apenas umas palavras aos nossos queridos Guixa e Fernando por terem manifestado de forma tão esforçada o carinho que têm por todos nós e por esta iniciativa.

Bem hajam! Que o Senhor vos abençoe!

ATÉ PARA O ANO!

Viagem ao “País Vasco” Reportagem fotográfica do Arquicota Jorge Rodrigues e de Osvaldo Cotanheira

No princípio era o nevoeiro ... como em quase todas as manhãs de todos os Países Vascos.











Depois, a paisagem começava a oferecer-se ao viajante, a pouco e pouco, como uma prenda que é desembrulhada com cuidado porque na embalagem diz “frágil”.

























... e bem no fundo da caixa: uma casa, duas margens muito verdes, e um rio lá ao longe;






























... dentro da casa alguns rostos familiares que nos recebem e nos fazem viajar pelo seu interior, explicando ao pormenor como tudo nasceu, como foi e por quem foi arquitetada, porque da paisagem já todos conhecemos “O Arquiteto”.



















... e nos convidam a sentar na plateia, para calmamente desfrutar do espetáculo.





... mas os guias sempre incansáveis dão-nos a conhecer outras plateias; e eram tantas, tantas, e em cada uma havia um palco, e os espectaculos era tão belos que nos apetecia aplaudir a todo o momento...
























com uma exceção: este “mercado municipal da fé” exemplo do mau gosto, do excesso de ornamento e de materiais...


























... mas mesmo aqui havia balcões de onde podiamos continuar a disfrutar dessa magnífica paisagem
















































... e o público afluia, de todos os lados e de todas as idades, para não perder o espetáculo













aspecto de um pequeno comício para distribuição de propaganda do partido COTA. à esquerda, virado para nós, pode ver-se o candidato a deputado, e à direita também virado de frente para nós um dos seguranças da campanha.











... por vezes, dentro de cada palco havia uma nova plateia, que dava para um novo palco e mais uma plateia e sempre com um novo espetáculo e ... era como com as matrioscas.















Aspecto parcial de um dos monumentos da região.



































Arquitetura da região.









































... e não cansava as pernas nem a vista, (pelo menos para alguns), o subir e descer para ver e tornar a subir para mais descer e mais saber.



















































... anfitriões e habitantes do país Vasco, de vez em quando, com o grupo excursionista “UMA VEZ POR ANO”. Pela primeira vez o fotografo conseguiu ser fotografado, qual Houdini do sec. XXI

























em baixo, um turista do País Vasco

convida-nos a ter coragem

e mergulhar com ele

naquela paisagem





























Os Vasco no seu país, sabem de cor o nome dos montes,

dos vales, das plantas, das pedras e até das lagartixas






Repare nas diferenças entre estas 3 fotografias.

Paisagem antes da nossa chegada.















Paisagem depois da nossa chegada.
















Paisagem depois da nossa partida.





















enquanto nós observamos a paisagem o Benjamim vive a paisagem (breves momentos de escalada).















... outro palco, em frente a outra plateia
















... três loiras (uma moura) muito belas a tentar competir com a paisagem















Camarote VIP








































... uma turista coça as costas numa rocha









































... pormenor de uma rua do “País Vasco” e do intenso movimento de transeuntes.












... sem no entretanto deixar de desfrutar do ambiente.



























... um SCUBIDU e um COTA, antigo JOTA. A quantidade de cabelo por centimetro quadrado ajuda a fazer a distinção.










... chegada ao bar: porque é que não está aqui ninguem para nos servir? Será que já fecharam?













... outros intervalos para nos “enchermos”, não de verde ou de ar puro, mas de tinto acompanhado de outras iguarias do “País Vasco”.

























O programa diário constava essencialmente de dar uma volta, comer, dar mais uma volta, tornar a comer, e assim sucessivamente.






























O provador de serviço analisa o "Porto-Cintra" com mais de 50 anos. Foi aprovado.















































































Igreja de Valdozende.
.. dois pormenores da arquitetura da igreja


























... convívio na Igreja de Valdozende, depois do culto.







































































Pormenores da aldeia.

















Ao fundo, à direta, pode ver-se as instalações sociais da Igreja.


























































Tempo de recreio sob a vigilância do auxiliar de ação educativa.










































Princípio do fim. Preparativos para as despedidas.

















Ao fundo, assinalado pelo círculo podemos ver a casa do presidente da républica do País Vasco.





























Descubra as 12 diferenças.







D. Corleone e a sua família.



























NOTA: as últimas 30 fotografias tiradas com a minha máquina tinham menos qualidade do que as primeiras fotos tiradas em 1826 por Niépce, por isso foram parar ao lixo, mas recicladas para não poluir a paisagem.

Filme: No entanto, surpresa das surpresas, ela ainda filmava.

Para ver mais umas centenas de fotos poderá adquirir um CD em breve no mercado. Contem Gratis alguns filmes do final do evento